14 julho 2007

Ainda José «Coveiro», perdão, Couceiro...

Não tenho interesse nenhum em «fazer o funeral» a Couceiro, mas não posso deixar de criticar o seleccionador, acima de tudo pelo discurso. Não custa nada assumir que a prestação portuguesa foi um desastre, tanto no Europeu de sub-21 como no Mundial de sub-20. Mas Couceiro prefere sempre encontrar algo de bom (pena que esse optimismo não passe para as suas equipas). Nos últimos dias o técnico não se cansou de repetir, a próposito do Europeu de sub-21, que tinha sido a terceira melhor prestação portuguesa. Sabem quantas vezes participámos? Cinco! Era suposto ficarmos satisfeitos com o terceiro lugar do grupo ou com a presença no «playoff» de acesso aos Jogos Olímpicos?! Couceiro devia ter feito o mesmo que Zequinha, que à chegada pediu desculpa pelo seu acto irreflectido. O discurso até pode ter sido encomendado mas ficou bem.
Deixo ainda uma outra crítica a Couceiro, que deve ser reencaminhada directamente a Gilberto Madaíl, que, diga-se, sacode sempre a água do capote. Na selecção portuguesa de sub-20 não vi o mínimo sinal de filosofia de jogo. Não se viu uma jogada com principio, meio e fim, o que explica o facto de não termos marcado nenhum golo de bola corrida. Para isto tenho uma explicação: Couceiro não teve tempo algum para trabalhar esta equipa, pois esteve na Holanda com os sub-21. Só começou a pensar nos sub-20 quando veio da Holanda. Isto de dirigir as duas equipas só podia dar mau resultado. E isto é responsabilidade do presidente da federação.

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