Sub (menos) 20
Antes de tudo mais, devo dizer que gosto de ter respeito pelas pessoas sobre as quais escrevo, naturalmente para que o respeito seja recíproco.
Por José Couceiro "pessoa" tenho. É um indivíduo simpático, afável, bom conversador e sapiente nos assuntos que aborda, especialmente os profissionais, está bem de ver. Já a passagem dessa mesma sapiência para a prática profissional não tem, na minha modesta opinião, o mesmo calibre que uma boa conversa com ele sobre futebol possa antever.
As equipas que treina aparecem "encolhidas" em campo e poucas vezes a fantasia reconhecida ao futebol português (principalmente nas camadas jovens, desde os sucessos de 89 e 91, precisamente nos Mundiais Sub 20) aparece, para frustração de todos: dos adeptos (e no Canadá têm sido aos milhares!...) e até dos próprios atletas, aparentemente sub-aproveitados.
Os resultados têm, infelizmente, reflectido isso mesmo. O jogo com a Gâmbia, então... acho mesmo ser o "espelho" da postura de Couceiro perante os adversários que, estatisticamente, parecem sempre ter (na opinião do técnico) maior qualidade que os nosso (talentosos) jogadores.
Portugal consegue o primeiro objectivo delineado para este Mundial Sub-20 (passar aos "oitavos"), mas precisou de recolher à repescagem, o que não é de todo o que mais prestigia a equipa. O mesmo aconteceu ao Brasil, que há vários meses Couceiro vem apontando como o "grande candidato ao título", baseando-se como sempre nas estatísticas e nos "dados" que sempre traz às conversas. Ou seja, os dados estatísticos valem o que valem... e em campo valem muito pouco, como se vê.
Repito: gosto de respeitar as pessoas sobre quem escrevo. E, por isso, digo também que gostaria de respeitar o profissional José Couceiro. Não tem sido é nada fácil, confesso.
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