20 agosto 2007

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Passámos a bola para outro estádio.



Agora jogamos em



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14 agosto 2007

É justo!

Escrevo este texto enquanto ouço Luíz Filipe Scollari falar aos jornalistas depois da divulgação da convocatória para o jogo com a Arménia. Escrevo porque no sábado passado disse-o publicamente que apostava que Miguel Veloso seria a novidade…torceram-me o nariz, mas aí está…Nada mais justo. O filho de Veloso foi uma das figuras da nossa selecção no Europeu sub-21 da Holanda, foi uma das principais figuras do Sporting na época passada, já deu para perceber que vai continuar a ser nesta também (a menos que apareça por aí um qualquer milionário disposto a pagar uma alta verba antes de 31 de Agosto) e não podia estar muito mais tempo fora da "família" Scollari. Seguindo, de resto, as pisadas do companheiro e amigo João Moutinho.

Nada mais justo. Veloso é um trinco muito além do que é habitual no nosso futebol. É um jogador dotado tecnicamente, tem visão de jogo, passa bem à distância (fruto da visão e técnica de passe) e remata com qualidade e força, fazendo golos bonitos e muitas vezes valiosos. Por isso, nada mais justo que ser chamado por Scollari. É capaz de ser injusta a comparação, mas faz-me lembrar a forma de jogar de Patrick Vieira, internacional francês que fez épocas e épocas de encher o olho ao serviço do Arsenal e da selecção gaulesa, pela qual foi campeão do mundo e da Europa.

Agora resta saber se Scollari vai pô-lo já a jogar, ou se vai continuar a apostar na "velha-guarda", guardando o miúdo para outros momentos. Por mim, jogava já! Não vejo melhor que ele na equipa das quinas. Mas isto sou eu a dizê-lo...só que eu não sou seleccionador (só de bancada mesmo), pelo que fico a aguardar pelas decisões de Scollari, ele sim, o dono do lugar. Mas que era justo o miúdo estrear-se já com a camisola das quinas, lá isso era!

Nota: Será Pepe o senhor que se segue?...

Remate feito por Manuel Chaves

06 agosto 2007

O 1º Milho


Tenho sempre algum gozo ao ver que alguns insistem em fazer as "contas" dos três "Grandes" numa espécie de "Campeonato de Pré-Época". E até há quem faça quadros bonitos com pontuações – claramente imaginárias – com esse título à cabeça, o que é ainda mais giro.

Há, por isso, quem ainda não tenha entendido que Portugal não é como a Argentina, onde há um Torneio de Abertura e um Torneio de Clausura, que perfazem, no fundo, dois campeonatos, havendo dois campeões por ano... legítimos.

Por cá, a malta gosta é de inventar campeões quando isso convém. Quando o clube favorito não faz uma pré-temporada com vitórias... então diz-se que "o primeiro milho é para os pardais". Também acho isto giro, obviamente.

Neste sentido, e por ordem inversa de cronologia, os adeptos benfiquistas poderão sentir-se os "campeões" desta pré-época porque... ganharam ao Sporting e conquistaram o Torneio do Guadiana. Só não se podem esquecer que a vitória foi... a única em todo este período e, com a saída de Simão e a entrada (retardada) de reforços (há mesmo quem ainda não tenha vestido a camisola cor-de-rosa... perdão... encarnada - estou a brincar; até gosto do equipamento alternativo do Benfica), não se sabe com exactidão qual será o "11" de Fernando Santos (outra vez?) nem se o antigo capitão fará mesmo a falta que os adeptos temem que faça.

O Sporting – perdedor no Guadiana – pode sentir-se... bom... "mais ou menos campeão" da pré-temporada, porque já sabe com o plantel que conta (já mais ninguém entra nem sai) e soube-o atempadamente. Aliás, até já começa a ser perceptível a equipa-base do treinador. Mas os resultados não foram nada famosos. Em jogos "a sério", uma só vitória, três empates (um deles com derrota nas grandes penalidades, frente ao Guimarães) e a derrota frente ao rival Benfica. E ninguém gosta de perder – nem a "feijões" - num derby entre leões e águias, como se sabe.

Já os campeões nacionais do FC Porto parecem poder estar confiantes numa boa época em vários aspectos e – penso eu – até reclamar para si o tal título e alguns julgam existir. Depois de três vitórias anunciadamente fáceis e uma derrota algo comprometedora com o Genk da Bélgica (e com a indisciplina azul e branca a levantar alguns sinais de alarme) vieram as vitórias; em casa frente ao Mónaco, no Torneio de Atalanta e no Torneio de Roterdão. Já se viu que há reforços que o são, de facto, mas continua a não dar para entender muito bem a política de contratar muito para depois dispensar, mesmo antes do início das competições, o que não traz estabilidade a um grupo de trabalho em que nem toda a gente sabe se fica ou se vai.

Conforme as conveniências se dirá que "o primeiro milho é para os pardais", como está bem de ver. Resta é saber que "pardal" se alimentou melhor neste tempo de pré-temporada e que, por isso, vai voar mais alto quando os pontos a sério começarem a contar no campeonato que não é imaginário.

PS: Claro que esta referência a "voar mais alto" nada tem a ver com alegadas confusões no avião de uma equipa portuguesa nas últimas horas. Nesse caso - segundo me pareceu - não havia "milho" que acalmasse os "pardais". Enfim... coisas.

31 julho 2007

Algumas «lampionices»

Ainda no rescaldo do jogo no Egipto e antes de ver em acção os mais recentes (três) reforços, algumas considerações sobre o Benfica 2007/08:
Ponto 1. Antes de mais há algo que não entendo. O Benfica andou vários anos a jogar com extremos e a sentir falta de um matador. Agora tem um matador (Cardozo) e não ha ninguém que vá à linha cruzar bolas.
Ponto 2. Sou fã do 4x4x2 em losango mas continuo a não conseguir ver no Benfica capacidade para tirar proveito máximo deste sistema (que saudades do Porto de Mourinho, com Costinha, Pedro Mendes, Maniche e Deco)
Ponto 3. Neste Benfica não vejo essa dinâmica a meio-campo. No Egipto, mesmo com jogadores como Petit, Manuel Fernandes e Katsouranis no miolo, a equipa foi muito passiva. Várias vezes viu-se Petit a reclamar com os seus colegas, que não pressionavam. Manuel Fernandes e Katsouranis atropelam-se muito. Parece-me que o meio-campo do Benfica não pode jogar com ambos em simultaneo. Ou um ou outro, num dos vertices. No outro tem de jogar um elemento mais dinâmico e mais ofensivo. Se Simão ainda morasse na Luz seria Rui Costa. Agora que o capitão foi para Madrid, parece-me mais indicado que o «maestro» passe para «10» e que o vertice esquerdo fique entregue a alguém como Nuno Assis ou Di Maria.
Ponto 4. Freddy Adu tem muita qualidade mas não pode ser visto como o «salvador da pátria», nem sequer como o homem que vai fazer de Simão. É um prodígio mas tem apenas 18 anos. Está a crescer ainda é preciso ter paciência. Pode ir rendendo o veterano Rui Costa na posição «10», em alguns jogos, e pode ainda ser um belo parceir0 de ataque para Cardozo.
Ponto 5. Bergessio tem categoria mas não me convence muito, sou sincero. É esforçado mas para mim um avançado tem de ter outra classe. Nunca gostei de avançados que batem mais nos defesas que o contrário. Parece-me que o Benfica podia ter arranjado um jogador de qualidade idêntica sem precisar de ir à Argentina gastar o que gastou. E parece-me também que um Nuno Gomes em condições (que não está) ia acabar por ser o parceiro de Cardozo.
Ponto 6. Fábio Coentrão agrada-me. Se conseguir transformar aquela rebeldia (às vezes até arrogância) em auto-confiança, tem tudo para ser craque. Pena é que o sistema utilizado não o favoreça.
Ponto 7. Nélson continua sem nada na cabeça. Quando um jogador revela debilidades e ainda recebe mal os conselhos dos colegas mais experientes, dificilmente evolui. É bom que o Benfica contrate um lateral «a sério». Isso e um central que possa ser alternativa a David Luiz e Luisão (e com a saída de Anderson). Isto porque me parece que Zoro não é um elemento a ter em conta. Faz-me até confusão constatar que no Benfica exista um jogador que revela dificuldades em fazer um passe de três metros, sem qualquer tipo de pressão.

24 julho 2007

Holly(Beck)Wood


Confesso que Los Angeles (LA) é uma cidade que, potencialmente, me fascina. Potencialmente. Não me fascina já, assim, de caras. Talves me fascine... um dia... quando lá for. Por ora, só tenho uma forte sensação de que poderá fascinar-me bastante. E sei por quê.

Acima de tudo porque me diverte ver o quão ôca é toda aquela realidade feita de coisas opostas à própria realidade. Tudo ficcionado, mas "feito" real, num abrir e fechar de olhos. É giro! Extravagante! Excêntrico! Até... parvo! E fascinante, parece-me.

Beckham ir para os LA Galaxy é isso mesmo. Uma extravagância que só resulta da maneira que está a resultar por ser Beckham (e não outro) no centro de todo o furor criado em torno de um jogador de... soccer que vira mega-star num país em que o... football é outro e se joga com capecetes, ombreiras e protecções rijas nos genitais.

Desde que chegou, o... jogador/actor/vip/modelo/showman/(etc.) ainda só esteve em campo a fazer aquilo para que foi contrado durante 13 minutos. E nem sequer jogou algo que se visse, já que está lesionado. No entanto, há meses que em LA não se fala noutra coisa e as festas, as apresentações, os confettis, os flash's, as conferências de imprensa, os spots publicitários e todos os afins vão-se multiplicando a uma velocidade e quantidade vertiginosas.

Ontem, uma festa - digamos - social juntou mais de 600 convidados, entre actores, cantores, figuras do jet7, políticos, apresentadores de tv (sim... a Oprah também foi!) e, claro, figuras do desporto (Abel Xavier está nas suas "sete quintas", acredito)... para homenagear a chegada de Beckham... como se de um deus se tratasse.

Hollywood é gira por isso. Usa e deixa-se usar. Beckham está a aproveitar a sua imagem e LA a aproveita-se da imagem dele. Beckham é o "último grito" na cidade e ser fotografado/a ao seu lado significa (até daqui a uns tempos) estar "na moda". Um dia, tudo isso desvanecerá, como de resto tudo desvanece em Hollywood... quando novo "último grito" surge por aquelas bandas.

Já disse que Beckham é jogador de futebol e ainda só jogou 13 minutos...? Ah... pois... Já disse. Mas isso pouco importa, até porque quando estiver em campo não haverá grandes possibilidades de mais alguém posar para ser fotografado ao seu lado, o que é uma chatice.

Mais vale que esteja "cá fora", de facto...!

14 julho 2007

Ainda José «Coveiro», perdão, Couceiro...

Não tenho interesse nenhum em «fazer o funeral» a Couceiro, mas não posso deixar de criticar o seleccionador, acima de tudo pelo discurso. Não custa nada assumir que a prestação portuguesa foi um desastre, tanto no Europeu de sub-21 como no Mundial de sub-20. Mas Couceiro prefere sempre encontrar algo de bom (pena que esse optimismo não passe para as suas equipas). Nos últimos dias o técnico não se cansou de repetir, a próposito do Europeu de sub-21, que tinha sido a terceira melhor prestação portuguesa. Sabem quantas vezes participámos? Cinco! Era suposto ficarmos satisfeitos com o terceiro lugar do grupo ou com a presença no «playoff» de acesso aos Jogos Olímpicos?! Couceiro devia ter feito o mesmo que Zequinha, que à chegada pediu desculpa pelo seu acto irreflectido. O discurso até pode ter sido encomendado mas ficou bem.
Deixo ainda uma outra crítica a Couceiro, que deve ser reencaminhada directamente a Gilberto Madaíl, que, diga-se, sacode sempre a água do capote. Na selecção portuguesa de sub-20 não vi o mínimo sinal de filosofia de jogo. Não se viu uma jogada com principio, meio e fim, o que explica o facto de não termos marcado nenhum golo de bola corrida. Para isto tenho uma explicação: Couceiro não teve tempo algum para trabalhar esta equipa, pois esteve na Holanda com os sub-21. Só começou a pensar nos sub-20 quando veio da Holanda. Isto de dirigir as duas equipas só podia dar mau resultado. E isto é responsabilidade do presidente da federação.

13 julho 2007

Cada Tiro, Cada Melro...


Há vezes em que preferia não ter razão. Mas enfim... Também já "fostes" no Mundial Sub20, da forma que se viu, para mais com a sina de sermos rotulados como "feios, porcos e maus". Tenho pena. Tenho muita pena.

09 julho 2007

Sub (menos) 20


Antes de tudo mais, devo dizer que gosto de ter respeito pelas pessoas sobre as quais escrevo, naturalmente para que o respeito seja recíproco.

Por José Couceiro "pessoa" tenho. É um indivíduo simpático, afável, bom conversador e sapiente nos assuntos que aborda, especialmente os profissionais, está bem de ver. Já a passagem dessa mesma sapiência para a prática profissional não tem, na minha modesta opinião, o mesmo calibre que uma boa conversa com ele sobre futebol possa antever.

As equipas que treina aparecem "encolhidas" em campo e poucas vezes a fantasia reconhecida ao futebol português (principalmente nas camadas jovens, desde os sucessos de 89 e 91, precisamente nos Mundiais Sub 20) aparece, para frustração de todos: dos adeptos (e no Canadá têm sido aos milhares!...) e até dos próprios atletas, aparentemente sub-aproveitados.

Os resultados têm, infelizmente, reflectido isso mesmo. O jogo com a Gâmbia, então... acho mesmo ser o "espelho" da postura de Couceiro perante os adversários que, estatisticamente, parecem sempre ter (na opinião do técnico) maior qualidade que os nosso (talentosos) jogadores.

Portugal consegue o primeiro objectivo delineado para este Mundial Sub-20 (passar aos "oitavos"), mas precisou de recolher à repescagem, o que não é de todo o que mais prestigia a equipa. O mesmo aconteceu ao Brasil, que há vários meses Couceiro vem apontando como o "grande candidato ao título", baseando-se como sempre nas estatísticas e nos "dados" que sempre traz às conversas. Ou seja, os dados estatísticos valem o que valem... e em campo valem muito pouco, como se vê.

Repito: gosto de respeitar as pessoas sobre quem escrevo. E, por isso, digo também que gostaria de respeitar o profissional José Couceiro. Não tem sido é nada fácil, confesso.

02 julho 2007

Esperanças...


As que tenho vão unicamente num sentido: de que se faça mais e melhor (com nomes mais jovens e de menos "peso" no mundo da bola) do que no mês passado na Holanda. De resto...!

29 junho 2007

Uma nova moda?... será?...
(ou "Quem tramou Ricardinho?")


O Benfica (diria eu) "estreou" uma nova forma de estar no período de defeso. Quase todos os dias saem comunicados negando interesse num jogador de que se fala na comunicação social.


Eu acho isto particularmente bizarro, mas se calhar sou eu que sou meio esquisito nestas coisas.


Já o tinha feito em relação a Andrés Madrid mas em três dias (os últimos três), o clube da Luz lançou no site oficial comunicados negando o interesse em Antunes, depois em Hugo Viana e, por fim, negando também que a possibilidade de Ricardinho (craque da equipa de Futsal do Benfica) fazer a pré-época com o plantel principal do Futebol de 11 tenha sido, inclusivamente, equacionada.


Tal como não nego à partida uma ciência que não conheço, também não nego à partida a veracidade dos referidos comunicados mas parece-me algo excessivo que seja necessário a uma instituição da grandeza do Benfica negar oficialmente o interesse em qualquer jogador que seja. Quanto mais... três jogadores (!), sendo um deles da "casa" e - notoriamente para quem com ele falou acerca da tal notícia do Record que dava conta da sua passagem dos pavilhões para os relvados - entusiasmado com o que o alegado "seu futuro" lhe reservava, muito embora negasse (também ele oficialmente - por imposição da FPF, já que estava ao serviço da selecção nacional) o interesse da SAD do Benfica nos seus préstimos junto do plantel principal.


Não digo que assim tenha acontecido, mas temo que Ricardinho tenha sido "apanhado" no turbilhão de comunicados de negação publicados nos últimos dias. Desconfio mesmo que as coisas, que até estariam bem encaminhadas para o craque do Futsal fazer mesmo a pré-época no Seixal, tenham ido "por água abaixo" por uma certa necessidade da Direcção "encarnada" não sentir que é pressionada pela comunicação social.

O que não se pode esquecer é que, para que as notícias saiam, têm de ter uma origem. E essa origem, na grande maioria das vezes, está DENTRO do próprio clube e não nos jornais, rádios ou televisões.


Agora falta saber se um dia não ouviremos um dirigente benfiquista dizer que o Ricardinho só não foi para o Futebol de 11 do Benfica por culpa dos jornalistas, que tornaram pública uma situação que até o jogador (ainda que remotamente) admitia ser uma realidade e sobre a qual não conseguia esconder uma alegria imensa.

Uma coisa estou em condições de afirmar. Não foi a imprensa que "tramou" Ricardinho. Alguém deve ter "tramado". E desconfio (tenho quase a certeza) que foi o tal comunicado.

22 junho 2007

Já fostes...


Demorei a escrever de novo porque, a seguir à eliminação de Portugal do Euro 2007 (a que se seguiu a possibilidade de jogar o play-off para os Jogos Olímpicos, fruto da passagem da Inglaterra às meias-finais do torneio), voltei a Portugal e pareceu-me que podia (e devia) esperar então pelo jogo com a Itália para fechar o “dossier” Sub21, pelo menos no que toca à equipa das quinas, já que ainda há uma final para disputar.

O título do post (com o erro assumido, para que se torne mais “portuga”) é aquilo que se me oferece dizer e um pouco aquilo que o leitor quiser que seja. Eu explico.

Obviamente, pode ser aplicado à eliminação de Portugal logo na 1ª fase do europeu. Portugal “foi-se” logo no 1º jogo, diria; já que a Holanda seria sempre um osso terrivelmente duro de roer e só uma vitória (e não um empate, como foi profusamente dito pelos responsáveis da equipa lusa) servia os interesses. Basicamente, acho que as contas foram mal feitas e deu no que deu.

Portugal também se “foi” por tudo o que aconteceu entre o jogo com a Holanda e a partida frente a Israel. Tanta coisa, tanta coisa… Tanta palavra foi dita sem “medição” da sua importância (e consequência) por jogadores, técnicos e até Madaíl (já agora, Sr. Presidente, o discurso do “ainda somos pequeninos” – já usado no Mundial da Alemanha e outras tantas vezes no passado – não estará gasto...?) que a UEFA respondeu em conformidade. E a Holanda também. A UEFA nomeou para o jogo com Israel o tal 4º árbitro que ditou a expulsão de Couceiro frente à Holanda e Foope de Haan, perante as suspeições portuguesas de “arranjinho” com a Bélgica… não empatou 0-0, como todos diziam… mas sim 2-2, num jogo inenarrável mas que serve de lição a todos os que ingenuamente ainda não se aperceberam que o futebol tem muito de bonito mas também tem muito de… enfim… chamemos-lhe matreirice. É pena que não se dê a importância devida aos ditados populares. “Pela boca morre o peixe”, teria sido bom ter sido recordado ANTES de se entornar o caldo como se entornou.

Portugal já foi também mais importante (e mais bem sucedido) a nível do futebol jovem. Hoje em dia parece haver muitos (e bons) nomes na equipa nacional de Esperanças… mas não boas equipas. A humildade mostrada fora de campo não se vê lá dentro… e isso (como diria um adepto da selecção em Groningen) “faz uma falta do caraças”. Concordo.

E, ontem à noite, Portugal já foi a jogo (como deve ser) com a Itália, numa boa partida de bola, essencialmente da equipa das quinas, mas em que o 0-0 persistiu mais por falta de concentração dos atacantes portugueses do que por mérito dos defesas italianos. Dominar durante duas horas uma equipa transalpina que até ali era a “dominadora” dos seus jogos não é suficiente se não se marcar. Nos penáltis tudo é possível… e foi.

Já fostes, Portugal. Já fostes…

Como sempre, espero que esta frustrante participação dos Sub21 sirva de exemplo para que não aconteça algo de semelhante no futuro. Mas… também foi isso que eu esperei após o desastre do ano passado…! Deste Euro2007 “português” saem “bem” Miguel Veloso, Manuel Fernandes, João Moutinho, Varela, Semedo, Vaz Té e Manuel da Costa, que foram – na minha opinião – os melhores de Portugal, pela competência de uns e alegria de outros, ingredientes que fazem dar prazer ver um jogo de futebol. Nani precisa de ir para Manchester. Notou-se… demais… durante o torneio. Que vá e cresça, que bem precisa.

Por fim, atrevo-me a dizer que a Holanda arrisca-se – como manda a tradição – a não vencer o Campeonato da Europa em casa. Desde bem antes do início do Euro que digo que a Sérvia podia ganhar isto. E acho que vai ganhar. Aliás, espero. Com a postura de Foope de Hann neste torneio (e sublinho que gosto do estilo do treinador holandês, mas nem tudo é aceitável), seria bom que a Holanda também sentisse que não vale tudo na bola. Sim, de Haan teve razão praticamente sempre que falou mas, tal como aos portugueses, ter-lhe-ia ficado bem ter ficado calado uma vez ou outra. Se, pelo contrário, a Holanda ganhar… ainda bem, na mesma. Porque o público “laranja” (e o país fantástico que é) merece isso e muito mais.

16 junho 2007

De quem é este onze...?


Paulo Ribeiro
João Pereira
Manuel da Costa
Semedo
Antunes
Miguel Veloso
Manuel Fernandes
João Moutinho
Vaz Té
Nani
Hugo Almeida

Se é de Couceiro, Caçador ou de mais alguém (ou de outro "alguém")... não sei. Sei é que Couceiro não queria revelá-lo e que Caçador não hesitou em fazê-lo. Daí a minha dúvida. Mas se não sei de quem é a equipa titular para daqui a pouco, aqui no Euroborg de Groningen... espero só que seja... de Portugal.

Parlapiê de um "badameco"


Depois de perder com a Holanda (e empatar com a Bélgica), Portugal lançou-se ao "pescoço" da UEFA, da arbitragem deste Europeu e, mais concretamente, de Marc Batta, que hoje em dia nomeia os árbitros para o torneio, mesmo que em tempos tenha protagonizado momentos como este.


Hoje [ontem], ao que parece, Couceiro exaltou-se e quase se levantou para sair da conferência de imprensa (a última antes do decisivo jogo contra Israel - que pode valer tudo, como pode não valer nada para as cores nacionais; logo se vê...). A mim, pessoalmente, parece-me bem.

Não que eu estivesse presente. Não estive. Estava ali a qualquer coisa como 60 km de distância, numa outra conferência de imprensa onde ninguém se levantou, mesmo nas perguntas mais incómodas. No entanto, ainda assim, o gesto veemente de José Couceiro parece-me extremamente bem... porque dá um bom "boneco" (acima de tudo isso) e faz com que a selecção Sub-21 seja mais falada, pelo menos. E isso é bom!... acho eu...!

Couceiro (o mesmo que se levantou na conferência de imprensa) não se vai levantar de um banco em que também não se vai sentar este sábado no jogo frente a Israel. É um facto (não é uma opinião; e digo isto antes que me intitulem de "badameco" só por emitir a minha opinião na blogosfera - já aconteceu esta semana...). Rui Caçador (graças a Deus há Rui Caçador!) saiu ontem [anteontem] em defesa de Couceiro, de "espada" apontada a Batta e aos lobby's que eu chamaria de "de olho azul".

A UEFA, calmamente, respondeu aos protestos de Portugal nomeando para arbitrar o Israel - Portugal o mesmo juiz que foi 4º árbitro no Portugal - Holanda e que, basicamente, "expulsou" Couceiro do jogo. Também isto me parece bem.

O discurso do "ainda somos pequeninos" está gasto. Madaíl já usou essa ladaínha vezes sem conta. Agora fê-lo de novo. Não há pachorra. Os dirigentes portugueses ainda nao perceberam isso. Se haverá lobby's na UEFA, se serão do Centro e Norte da Europa... se calhar, há... mas isso pouco interessa. Se é Batta a nomear os árbitros... isso chateia-me um bocado, confesso, porque aquele jogo com a Alemanha (e eu tenho uma estima pessoal pela equipa germânica) ficou-me muito atravessado aqui. Mas ele nomeia e olha... paciencia...!

A verdade (na minha opiniao de "badameco") é que Portugal empatou um jogo com alguma sorte e perdeu outro com alguma justiça (pese, embora, o "factor apito" e tal). Não fez para muito mais. Se Portugal é "pequenino" como os nossos dirigentes dizem é também poque assim se faz, perante equipas ao seu nível mas, eventualmente, com mais nome.

Está visto que "lançar-se ao pescoço" da UEFA não é o caminho. A UEFA (diriam os brasileiros) não está nem aí...! Batta lembrar-se-á daquela noite na Alemanha (estou certo de que se lembra) e, ouvindo as mais recentes declarações portuguesas, sentir-se-á no mínimo divertido pelo folclore instalado em Zeegse e Lisboa.

Amigos: Se quiserem aceitar um conselho de um amigo/badameco (começo a gostar de me auto-intitular assim)... joguem à bola. A sério! Tudo o que vier por acréscimo será bom... basta é que trabalhemos para isso.
Se não...!

12 junho 2007

Eu não quero ser agoirento…


… mas há coisas difíceis de NÃO constatar. Assistir a treinos das selecções portuguesa e holandesa de sub-21 é algo de preocupante. Por quê? Por quase tudo, basicamente. Entrar na organização de um simples treino de futebol, no caso da "Jong Oranje", é um mundo… muito (demasiado) à parte daquilo a que estamos habituados até em algumas das melhores equipas seniores da Europa. Entrar num treino da selecção portuguesa… é … assim-assim; podem ver-se “estrelas” como Nani, Moutinho, Hugo Almeida, Miguel Veloso, Manuel Fernandes e Yannick mas nada mais de verdadeiramente excitante se passa, na verdade.

Na equipa holandesa tudo mexe. O treino começa, todos fazem os exercícios… até o treinador, Foope de Haan, na frescura dos seus 64 anos de idade. Raramente há partes do relvado inutilizadas ou com gente parada (e quando digo “raramente” estou a exagerar em muito, porque não me lembro realmente de o ter visto acontecer). Quando o toque a reunir é para os remates à baliza… todos chutam (e muito bem!), sem excepção. Ou seja, tudo age como um bloco, como uma verdadeira equipa. No final, cada jogador tem um espaço para falar aos jornalistas e quando há jornalistas para falar com eles, vão, sabem que têm de ir e mesmo assim vão sem fazer cara de frete, respondem a tudo de forma concisa e clara, como bons comunicadores.

Na formação portuguesa… não. O treino começa e só Rui Caçador (graças a Deus há Rui Caçador!) acompanha os exercícios, apesar do recente susto que o afastou deste estágio. Pouco depois, a equipa está partida em grupos, estando uns em maior actividade do que outros. Rematam os “habituais”, aqueles que têm maior precisão e mais potência de chuto; os outros ficam parados ou a fazer outras coisas… mais devagarinho. E quando se trata de falar à imprensa, então aí tudo parece ser feito com uma desconfiança terrível, como se os jornalistas fossem “bichos papões”, ávidos de polémica (neste campo, em Portugal, ainda não se aprendeu que, quanto mais se “protegem” os jogadores, mais especulação se promove – e lá se vai a teoria da protecção, já que a especulação prejudica muito mais do que uma verdade, mesmo que dura e difícil).

Portugal e Holanda jogam esta quarta-feira. Eu estou preocupado, sinceramente. Foope de Haan diz que Portugal tem uma boa linha avançada e pouco mais, que é muito individualista e que lhe pode acontecer o que aconteceu o ano passado, pela mesma razão. Se calhar… está correcto.

No fundo, no fundo, espero que não esteja, obviamente. Espero que os treinos de Couceiro a que assisti sejam mesmo só para enganar e que, na verdade, tenha havido treinos “rasgadinhos” em que toda a gente “deu o litro” sem pensar se seria melhor evitar choques porque isso poderia prejudicar o próximo contrato e espero que essa coisa de os jogadores falarem a conta-gotas (e nem sempre bem) com os jornalistas seja só porque os atletas são tímidos.

Para terminar, espero que esta quarta-feira Portugal ganhe à Holanda, por muito que goste do estilo de Foope de Haan e saiba que a equipa holandesa é, provavelmente, bem superior à formação portuguesa.

11 junho 2007

Euro sub-21

Portugal empatou na estreia, frente à Bélgica. Tendo em conta o que o adversário jogou, não foi um mau resultado para o conjunto luso. Ainda assim, fica sempre a ideia que esta equipa não rende o que se esperava. É certo que os nomes não ganham jogos, mas esperava mais de uma equipa que tem (entre outros) Miguel Veloso, Manuel Fernandes, João Moutinho, Nani e Hugo Almeida, entre outros. Fica sempre a ideia que não há fio de jogo, que não há estratégia, que está toda a gente à espera que uma dessas estrelas decida as coisas. Como seria bom ver todo este talento a funcionar no colectivo. Esperemos que tal ainda seja visto na Holanda.

10 junho 2007

Dia de Portugal

* - os erros ortograficos, de pontuacao e acentuacao deste texto devem-se a dificuldade em encontrar teclados que "falem" a mesma lingua que nos aqui na Holanda. Obrigado pela sua compreensao.

E, de facto, Dia de Portugal. 10 de Junho. Data em que, coincidentemente, comeca o Campeonato da Europa da categoria Sub21 aqui na Holanda.

Portugal entra em campo com os seus mais recentes "inimigos" desportivos. Os ecos da polemica entre o guarda-redes belga e Cristiano Ronaldo (ambos das seleccoes "AA") nao se tem feito sentir mas o facto e que tanto a equipa de Esperancas portuguesa como a da Belgica alinham com jogadores comuns aos dois escaloes, pelo que, em campo algo podera ainda dar a entender que algo nao vai bem entre dois paises com duas formacoes que, recentemente, se encontraram em condicoes complicadas (tanto em Portugal como na Belgica) de tensao perfeitamente desnecessaria.

Nao sera certamente o que estara em causa neste jogo de estreia do Euro 2007. Acredito que Portugal queira muito mais apagar a pessima imagem deixada na edicao do ano passado da mesma competicao do que tirar uma desforra do facto de os simbolos nacionais terem sido banidos em quase todo o estadio em Bruxelas.

Assim sendo, Portugal esta obrigado a vencer aqui em Groningen, desde longo fazendo o que nao foi capaz no primeiro jogo de 2006, em Braga, frente a Franca. Nesse dia... que nao foi de Portugal (longe disso), a equipa claudicou clamorosamente, mais apos os 90 minutos do que durante o jogo (ha que dize-lo em boa verdade), mas claudicou.

Hoje (daqui a pouco, melhor dizendo - faltam 95 minutos para o "kickoff") Portugal tem a sua "segunda oportunidade". Esperemos que a agarre. No final, veremos se a agarrou.

Por ora, espero (pessoalmente) que seja um BOM... Dia de Portugal.

28 maio 2007

Ufa acabou

O Porto foi campeão, parabéns ao Prof. Jesualdo Ferreira. Mas foi quanto a mim, um campeonato perdido pelos adversários directos dos azuis e brancos.

O Sporting venceu a Taça de Portugal, parabéns a Paulo Bento.
Mas para mim, o Belenenses teria sido o mais justo vencedor.

O Benfica nada ganhou, finalmente alguma justiça.
Fernando Santos não merecia vencer, porque nada fez por isso e nunca teve coragem para reclamar junto dos mandantes benfiquistas.

Nestes dias de glória que terminam, constatamos que Liedson continua a ser um 31 de enorme valor. Que Simão Sabrosa não é deste campeonato. E que Ricardo Quaresma foi o mágico, o artista e o salvador dos portistas.

A fechar, saudemos os regressos de Leixões e Guimarães.
Bem hajam e bem vindos.
Quem gosta de futebol e por ele luta sem desistir, merece estar entre os melhores.

23 maio 2007

O erro do Engenheiro

Dizem os defensores de Fernando Santos que a época foi boa, tendo em conta o plantel que o Benfica tinha. O clube encarnado tinha poucas soluções? É verdade. O técnico ficou sem alguns jogadores importantes devido a lesão? Verdade. Mas isso justifica tudo. Não!

Digamos que Fernando Santos tem a menos aquilo que Mourinho tem a mais. Enquanto o técnico do Chelsea potencia ao máximo o valor dos seus jogadores e faz verdadeiros milagres, o técnico do Benfica reduz ao máximo a qualidade dos seus recursos. Mourinho pondera até utilizar Hilário à frente, à falta de melhor. Fernando Santos nem o Miguelito mete. Como se pode um treinador queixar de falta de soluções, se porventura aquela que é a melhor alternativa que tem ao onze raramente jogou!

Outras opções não são tão fiáveis, mas ainda podiam ter jogado um pouco mais. Ou podiam ter jogado, ponto final. Isto porque alguns nem calçaram. O Beto não é um prodígio técnico, claro que não, mas será assim tão mau que não possa render o Petit de vez em quando, nomeadamente quando este está castigado?!

Esses foram os trunfos do Camacho e Trapattoni. Recordo que, com espanhol, até Fernando Aguiar era util. O italiano até Karadas aproveitou. Tanto um como o outro souberam espremer ao máximo a equipa. Fernando Santos esteve longe disso.

21 maio 2007

As mais eloquentes palavras
do treinador campeão


["Pérola" dita a um director do FC Porto SAD que lhe deu um banho de champanhe]

«Então em vez de me dar um abraço, você atira-me com essa merda, seu cabrão?!?» (risos)

Parabéns, mister Jesualdo!

19 maio 2007

Contagem Decrescente


Nervos?!?... Que nervos?!?...
Alguém falou em nervos?!?...
Quem é que falou em nervos?!?...
Nervos?!?... Que nervos?!?...
Nervos?!?... Nãããã!!!...
Nada de nervos!!!... Nada!!!...

18 maio 2007

Enfim... São coisas...!


É uma daquelas coisas do futebol português. Vamos como que de bizarria em bizarria até uma suposta vitória (perdão... bizarria) final que, ao que percebo, nunca irá chegar verdadeiramente, visto que haverá sempre algo de novo para a malta ir comentando com mais ou menos escárnio.


Por exemplo, há uns anos (valentes, diria), um jogador que se apelidava "O Maior" obrigou um jogo do campeonato a parar pare se encontrar um brinco perdido aquando da marcação de um golo na Luz. Cerca de 50 mil esperaram (pacientemente?) que a peça de joalharia - qual agulha num... relvado - fosse encontrada para que o jogo se retomasse.


Este último fim-de-semana, um jogo de futebol importantíssimo jogou-se num relvado pisado poucas horas antes por 27 mil pessoas que - loucas - pulavam e dançavam ao som da música de uma das maiores popstars do planeta.


E esta semana, um dos melhores treinadores do Mundo - por muitos considerado mesmo o melhor - e que é português viu-se a contas com um problema judicial devido a um... canídeo de estimação.


Penso que é uma sina do nosso pontapé na bola. Faz parte do "circo" (em vários sentidos) que o nosso futebol se torna todas as semanas, para alegria de uns e tristeza de outros. Mas pronto. Podia ser pior. Já que se critica tanto a falta de espectacularidade dos espectáculos desportivos em Portugal, é sempre bom ir tendo a animação que toda esta bizarria vai proporcionando.

16 maio 2007

Para os mais distraídos

(e/ou para quem não se deu ao trabalho de fazer contas)


Os cenários possíveis:

FC Porto será Campeão se…
… ganhar, seja qual for o resultado de Sporting e Benfica;
… empatar, o Sporting não vencer e mesmo que o Benfica vença;
… perder, o Sporting perder também e se o Benfica não vencer.

Sporting CP será campeão se…
… ganhar, o Porto não vencer e seja qual for o resultado do Benfica;
… empatar, o Porto perder e desde que o Benfica não vença;

SL Benfica será campeão se…
… ganhar, o Porto perder e o Sporting não vencer.

15 maio 2007

Caça ao voto


Esgotam-se no próximo fim-de-semana as paixões de um campeonato que leva para a sua última jornada a maior das emoções. Quem será campeão?

Porto, Sporting e Benfica, quem vai fazer a festa?

Pela Europa, Paços de Ferreira, União de Leira e Nacional da Madeira esgrimem argumentos pelo 6º lugar. Quem será o eleito?

A fugir à despromoção, Desportivo das Aves, Beira-Mar e Vitória de Setúbal esticam o pescoço para evitarem passar a linha de água. Quem se vai safar?

Porque já não interferem em nada disto, Marítimo e Boavista defrontam-se sábado em plena pérola do Atlântico, mas ambas angustiadas por mais uma época falhada.

Bom, mas com tantos ingredientes, não seria esta uma óptima oportunidade para o Presidente da Liga, Hermínio Loureiro, angariar votos junto de adeptos e curiosos deste fenómeno de multidões?

Eu passo a explicar…

Com tantas alegrias, seja pela conquista do campeonato, por um lugar na UEFA ou pela fuga à despromoção, que esta ultima jornada vai seguramente proporcionar, não seria aconselhável jogá-la sábado ou mesmo no domingo, no horário das 16 horas?

Senhor Hermínio Loureiro, o futebol pouco difere da política, como aliás, deve já saber. Também precisa de angariar votos, de mais adeptos. Não se pode dizer que o futebol é melhor, que os estádios são confortáveis e que a segurança existe, quando em dia de festa para alguns…muitos adeptos, os jogos terminam em véspera de dia de trabalho, por volta das 21 horas.

É certo e sabido que ninguém vai fugir à festa, mas será que havia necessidade de alguns irem trabalhar sem dormir ou até mesmo de faltarem às suas responsabilidades?

Se os jogos fossem sábado, que belo seria o domingo para aqueles que gostam mesmo do futebol.
O problema é que querem que o futebol seja como a politica, uma actividade de agenda e assim não, senhor presidente.

14 maio 2007

Foto Finish... nos dias da rádio


Ficou tudo para a última jornada. De certo modo, já se esperava, mas acredito que não desta forma. Três candidatos, separados por um ponto entre si, em "escadinha", como alguém já disse. Vai ser, portanto, um final em "foto finish", como nas corridas mais apertadas.

Este domingo, em Coimbra (onde estive), foi fantástico perceber que, por duas horas, o tempo andou para trás. A emoção de quem via o futebol nas bancadas com o rádio a dar novas do outros campos onde se jogava o título... foi um muito agradável regresso ao passado. Em Paços e Setúbal também terá sido assim.

Os jogos que se realizam à mesma hora proporcionam isso. E desta vez proporcionaram uma última jornada cheia de tudo o que um adepto de futebol gosta (excepto aquele que eventualmente sofra do coração, claro). Será um "foto finish" visto, sentido e ouvido com emoção. Porque a Jornada 30 terá os jogos capitais de novo à mesma hora e os transistors voltarão a ser os melhores amigos dos torcedores. Por duas horas, os dias da rádio fazem o seu (fogaz e fulgurante) regresso. E o futebol português - mais do que tudo - só tem a ganhar com isso.

12 maio 2007

E os adeptos cantam…
“There’s only one… George Michael!...”*

* - uma tentativa de referência aos cânticos dos adeptos de futebol britânicos
(pouco conseguida, admito)

Acho absolutamente bizarra toda esta situação criada em volta do Académica – Sporting de Domingo.

Não que haja falta de bizzarias no futebol em Portugal. Esta será só mais uma. Será um fait-divers que, mais tarde ou mais cedo, será naturalmente esquecido (quem sabe, substituído por outro… ou outros) e que, mais tarde ou mais cedo, será recordado, precedido das palavras “Xiii! E lembras-te daquela vez em que…”. Penso ser este o destino daquilo de que tanto se fala neste momento, muito sinceramente.

O bizarro não começa nem acaba com um concerto e um jogo de futebol – por sinal, crucial para as contas do campeonato – a realizarem-se com menos de 24 horas de diferença num mesmo espaço, mas encerra-se no imbróglio que os dois espectáculos consecutivos cria.

Parece-me, no mínimo, estranho que a Académica – mesmo não sendo a entidade exploradora do Estádio Cidade de Coimbra – não tenha objectado (pelo menos, publicamente) contra a realização do concerto de George Michael. Seria puro, simples e mínimo bom-senso. Não o fez… mas fez mais ou menos o contrário. Quando o Sporting, obviamente, se insurgiu contra o facto (consumado) do espectáculo se realizar, a “Briosa” ripostou com uma azeda declaração onde disse não admitir que o clube de Alvalade viesse a desculpar um eventual mau resultado com a questão do estado do relvado.

Quê?!?!

Na verdade, acho que ninguém entendeu bem, tal como eu, o “contra-comunicado” da Académica “dirigido” ao Sporting. Mas enfim.

A data do jogo há muito estava marcada. A do espectáculo… surgiu recentemente. Para isso ninguém tem explicação… ou ninguém quer ter.

Resta saber se o arrojo de quem marcou e de quem permitiu a marcação do concerto (a Liga esteve particularmente mal, atrevo-me a dizer) vinga e se o relvado estará mesmo em condições ou não de se jogar a partida de Domingo à noite. Eu não sei se estará ou não. Por mim, logo se vê.

Acho é que tudo isto poderia e deveria ter sido evitado. A dúvida sobre o relvado não existiria, George Michael poderia actuar noutro local (Coimbra até tem o “Queimódromo”, que é o local eleito pela cidade para fazer espectáculos) e a (também ela bizarra) troca de comunicados entre os clubes não se somaria ao já lamentável número de parvoíces que se dizem no nosso futebol.

11 maio 2007

"Bebés" na Primeira...?


Tudo indica que o Leixões suba à Primeira Liga (sim... eu tenho uma certa "urticária" quando me obrigam a chamar-lhe BWin Liga... lamento). E parece ser merecido este (quase) mais que certo regresso da equipa de Matosinhos ao escalão maior, até pela invulgar massa associativa que, sempre entusiasta, chega regularmente a deslocar mais adeptos aos jogos fora do Estádio do Mar do que a equipa que a recebe nesses mesmos encontros.

Mas estou preocupado com o facto de esta promoção não ser lá muito benéfica para o futebol português.

Sendo que a equipa é conhecida como "Os BEBÉS de Matosinhos", tenho a dizer que, por um lado, o que já não nos falta na Primeira Liga são clubes a jogar futebol de verdadeiros "meninos" e, por outro, que também são dispensáveis mais uns quantos "chorões" a fazer birrinhas por causa dos árbitros quando as coisas não correrem bem, ok?...

10 maio 2007

O calvário de Nuno Gomes

Confesso: não sou grande fã de Nuno Gomes. Mas também não sou um crítico desmedido. Não gosto da pouca agressividade e da pouca eficácia finalizadora, mas admiro a mobilidade e o sentido de colectivo. Mas quer queiramos quer não, os números falam por si e dizem-nos que o internacional português tem valor e não merece as críticas que recebeu esta época.

E os adeptos que ao longo da época o criticaram, receberam recentemente um soco no estomago, com a notícia que Nuno Gomes sofria de pubalgia. Estavam explicadas, pelo menos parcialmente, as más exibições. E merece ser criticado um jogador que se sacrifica em prol da equipa? Não me parece. Acho que Nuno Gomes cometeu um erro, ao jogar limitado. Mas algúem o pode criticar? Jogou com dores em benefício da equipa e ainda ouviu assobios, sem nunca denunciar aquilo que sofria. Acabou numa mesa de operações e agora, quem tanto o criticou, sente saudades.

A derradeira questão é: valeu a pena jogar lesionado? A mim parece-me claro que ninguém lucrou com isso, nem nunca ninguém irá lucrar em situações semelhantes.

09 maio 2007

Jesualdo Ferreira merece ser campeão?


Provavelmente muitos dirão que sim perante os factos, mas é principalmente nos argumentos que sou “obrigado” a responder de igual forma.

Mas, não é verdade que o professor teve tudo a seu favor?

Não é verdade que Benfica e Sporting deram o espaço necessário para alguns, muitos, erros de palmatória (nada abonatórios a um catedrático do pontapé da bola)?

Será mentira que mesmo com um presidente na “sombra”, por via de um apito dourado que nunca mais se ouve, Jesualdo Ferreira brincou em demasia com uns adeptos ferrenhos e que só o poupam porque o título está mesmo á mão de semear?

Descobri nesta época que está quase a terminar, que o professor é “portinho” desde pequenino. Que quis como José Mourinho chegar, ver e vencer. Que vestiu a camisola sem sentir o que é ser do FUTEBOL CLUBE DO PORTO, que numa leitura rápida da cartilha dos dragões, falhando até alguns dos capítulos, tenha ousado enfrentar nas palavras um Benfica que lhe deu guarida noutros tempos. Que inclusive, virou as costas ao senhor Rui Costa em pleno túnel da luz. Terá tido medo da entidade patronal, terá passado pela cabeça do professor que se tivesse sido educado com o maestro benfiquista, lhe podia acontecer o mesmo que a Co Adriaanse, ser campeão e dizer adeus ao clube que o projectou????

A verdade, senhor professor Jesualdo Ferreira, é que no final da época, muito provavelmente, vou ter que lhe dar os parabéns…

Mas não se esqueça das suas raízes, o SLB. Nem se esqueça que o FUTEBOL CLUBE DO PORTO é um clube que merece para além do seu profissionalismo, a sua verdade. Porque as gentes do norte(como o senhor) são agradecidas a quem é verdadeiro.

Termino, lamentando os erros de um Sporting que merecia muito mais, mas que pela juventude, até do seu próprio treinador, cometeu erros que o atrasaram na luta por um titulo, quiçá, até merecido. Lamento ainda, que Fernando Santos seja culpado por todos do mau desempenho da equipa. Foi culpado sim, mas não foi seguramente o único. Quem dirigiu, errou. Não apoiou como devia e esgotou recursos onde eles mais foram precisos.

No fundo, a culpa é de todos, em todos os clubes e até em quem gere o futebol cá do burgo.

Mas como diz o sábio povo, essas são contas de outro rosário…

08 maio 2007

Nota 7 (numa escala de... sete)


Cristiano Ronaldo falou através do canal de televisão do Manchester United (MUTV) acerca do desaparecimento de Madeleine McCann. Em Inglês e Português, apelou ao fornecimento de informações que possam ajudar à descoberta e regresso/resgate da menina. O pedido para que assim acontecesse foi feito ao clube inglês directamente pelos pais da criança, recorrendo desta forma à imagem do craque. E Ronaldo - acho eu - fez simplesmente a sua parte como figura pública que é, sendo actualmente tão conhecido cá como no Reino Unido (e, quiçá, no Mundo inteiro).

Pergunto-me se há um ano atrás o pedido seria feito a Ronaldo e ao Manchester. Acredito que não. Estou certo de que o telefonema seria feito para Londres e o "recado", esse, rapidamente chegaria a Mourinho. Mas não seria a mesma coisa. Ronaldo goza hoje de um capital de simpatia e admiração que o treinador do Chelsea nunca teve... nem fez por ter. A estratégia de imagem de Mourinho serve os seus interesses (com bastante sucesso, diga-se) e isso penso não ser discutível. Já Ronaldo, que há cerca de uma semana, até trocou "galhardetes" com o técnico acerca de maturidade, respondeu hoje definitivamente (e bem, acrescento eu), com a mensagem sobre Maddie.

PS: Obviamente, também eu espero que a menina seja rapidamente encontrada, bem de saúde e com condições para viver o resto da infância e da vida, sem sequelas deste terrível episódio.

07 maio 2007

Primeiro reforço do Benfica 2007/08


Assobios & Lençóis Brancos
(em fundo encarnado)


Não que seja grande novidade para quem esteja minimamente atento, mas - sendo politicamente correcto - tenho de dizer que se torna cada vez mais evidente a falta de margem de erro dada pelos adeptos do Benfica a quem acham menos merecedores do seu carinho. Ontem à noite, chegou a ser incómodo assistir ao Benfica - Naval no Estádio da Luz. Os imensos assobios a Derlei (que até iniciou - na raça - a jogada do primeiro golo da partida, marcado por Petit) e a Fernando Santos (mal se ouviu o seu nome no som do estádio, mesmo antes de as equipas entrarem em campo) tornaram-se a imagem mais marcante de um jogo que os encarnados venceram com dificuldade.

Há mesmo, parece-me, muito pouco "terreno" para certas pessoas errarem (mais) no clube da Luz. Derlei falhou mas não foi assim tão mau. Fernando Santos... foi ele próprio, mais uma vez; com o mérito de, desta vez, não ter feito a vontade aos adeptos (já não era - de longe - a primeira vez), ao proteger Derlei de um vechame maior do que aquele que passou. Não o substituiu por Mantorras (que, faça o que fizer, arranca aplausos até do mais céptico adepto encarnado). Evitou-se assim, provavelmente, o maior contraste de sempre no mais curto espaço de tempo entre uma vaia monumental e um estrondoso aplauso, ouvidos numa única substituição realizada no Estádio da Luz.

No entanto, já hoje, ao ler o jornal, confirmei algo que me tinha parecido ver do relvado. Nas bancadas, lenços e... lençóis brancos foram acenados à equipa e ao treinador. Extraordinário! Será tal o descontentamento que um lenço não baste para mostrar desagrado pelas últimas exibições do Benfica? E que tipo de pessoa sai de casa com um lençol debaixo do braço a pensar "Deixa-me cá levar o lençolzinho branco... só em caso de aquilo dar para o torto e eu ter de mostrar que estou com a azia...! Só é pena não caber no bolso das calças... mas enfim. É por uma boa causa!"?!? Quem faz isto? E será que alguma vez gostou verdadeiramente de futebol...?